O funk carioca está repleto de MCs e bondes formados por mulheres. No mercado dos bailes, as atrações femininas são essenciais ao sucesso da noite. Tem Tati Quebra-Barraco puxando o coro do público, que canta junto suas letras, tem Tchutchucas, Danadinhas, Bonde Faz Gostoso e muitos outros bondes fazendo a massa delirar com seus requebrados. Tem de tudo para todos os gostos e o resultado é uma festa onde milhares de jovens repetem gestos, coreografias e se divertem.
O Rio de Janeiro é o palco da cultura funk. Segundo alguns, a quantidade de bailes funk beira os 500 por final de semana. Envolvidos na produção destas festas, estão equipes de som, empresários, DJs, donos e funcionários de clubes, equipes de iluminação, ambulantes vendendo comidas e bebidas nos locais e muitos freqüentadores. Enfim, temos aí uma economia sendo sustentada pelo desejo e talento de uma enorme população que vive nas favelas e subúrbios cariocas. Este filme procura mapear o universo do funk carioca sob a ótica das funkeiras, que também são mães, esposas, estudantes, trabalhadoras.